Mercado Municipal da Penha comemorou
aniversário em Janeiro
Há 41 anos, o Mercado Municipal da Penha serve a população do bairro,
com variedades de produtos, qualidade e bom atendimento
Sr. Alfredo, permissionário mais antigo do Mercado
Em janeiro de 1971, depois de muitas reivindicações para construir um
mercado na Penha, os moradores receberam o tão esperado presente: a inauguração
do Mercado da Penha ocorreu no dia 21. O local abriu suas portas ao público no
dia 1º de fevereiro do mesmo ano. O gigantesco prédio, dos mais avançados
padrões arquitetônicos, que fica situado na Av. Gabriela Mistral, 160, na
Penha, ocupa uma área total de 25.200m² com 7.050m² de área construída, além de
área de pavimentação superior de 2.400m² e 2 amplos pátios para estacionamento.
O Mercado conta com 32 boxes, distribuídos nos ramos de açougue, avícola,
peixaria, padaria, frios e lacticínios, empório, hortifrutícola, avicultura,
bomboniere, café, lanchonete, adega, rotisserie, mercearia, utilidades domésticas,
frutas e legumes e embalagens. O horário de funcionamento é de terça a sábado
das 8h às 19h e domingos e feriados das 8h às 13h.
Um Exemplo de Vida
Um dos mais antigos comerciantes é proprietário de um empório. Alfredo
Chiappetta, italiano, natural de Consenza, completa 88 anos no dia 4 de
fevereiro. Ele trabalha no Mercado há 34 anos e há 62 anos está no ramo de
comércio. Sua história linda, de trabalho e honestidade, que não deixa de ser
comovente.
Nascido em 1924, aos 19 anos serviu a 2ª Guerra Mundial. Com um olhar sofrido e
palavras simples, sorrindo diz: “conheci Mussolini frente a frente. Ele era um
homem muito bravo! Dava as ordens e a gente saía pro campo de batalha”.
Em 1950 seu Alfredo migrou para o Brasil. Chegando a São Paulo, conta que seu
primeiro emprego foi no Mercado Municipal da Cantareira. Sua função era chapa,
descarregava mercadorias dos caminhões à noite e transportava para dentro do
Mercado. Durante o dia, com o mesmo carrinho, fazia entregas em domicílio em
bairros centrais da cidade. Certo dia, muito cansado, decidiu comprar uma
barraca de feira. Em pouco tempo, possuía cinco barracas. Levantava todos os
dias 2:30h da manhã, comenta que a tarefa também não era fácil. Dormir pouco,
chuva e frio das madrugadas.
Em 1978, seu Alfredo retorna ao Mercado, dessa vez no Mercado Municipal da
Penha, e dono de seu próprio negócio. Aqui, ele possui um empório. É
aposentado, mas não para de trabalhar. Viúvo, mas a querida filha Rosinha é a
companhia do seu dia-a-dia. Mora em Pinheiros, por isso se levanta todos os
dias às 6h da manhã para viajar 1h30 de ônibus e chegar até seu empório.
Comenta que sempre adotou o trabalho e a honestidade. Explica que muitas vezes
foi alcançar fregueses que haviam dado dinheiro a mais na hora de fazer o troco.
Seu Alfredo é um exemplo de vida. Com seu jeito sereno de se expressar, atende
seus fregueses o dia inteiro com bom humor, não reclama da sorte em nenhum
momento, e diz: “fui para a guerra e estou vivo, se Deus não quis que eu
morresse é porque tenho que trabalhar. Eu adoro o que faço e adoro esse
Mercado”.
Serviço:
Abast/SP
Texto: Zé Renato Rodrigues
Foto: Zé Renato Rodrigues
contato:3113-3365
Link: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/abastecimento/noticia
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